Clubes vão deixar quase 1/3 das premiações em impostos nos EUA | Divulgação/FIFA
O sucesso de Palmeiras e Fluminense na Copa do Mundo de Clubes garantiu prêmios expressivos, mas também gerou uma conta alta com o fisco norte-americano. Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (4), cada equipe terá de desembolsar aproximadamente R$ 66,18 milhões em impostos apenas pelas premiações obtidas até as quartas de final do torneio.
Isso acontece porque, nos Estados Unidos, a tributação federal sobre rendimentos chega a 30%, atingindo integralmente os valores recebidos pelos clubes, sem considerar a tradicional isenção que a Fifa costuma negociar para suas competições. O governo norte-americano, ainda na gestão Trump, não abriu exceção para o Mundial de Clubes, obrigando o recolhimento integral dos tributos.
Até agora, Palmeiras e Fluminense arrecadaram cerca de R$ 220,6 milhões cada um em premiações, e ainda podem ver esse valor crescer caso avancem de fase — o Fluminense, por exemplo, já somou mais R$ 100 milhões ao garantir vaga na semifinal, o que também eleva a fatia de impostos.
Além da cobrança federal, há possibilidade de incidência de taxas estaduais, municipais e administrativas, o que pode tornar a conta ainda mais pesada. Para efeito de comparação, o imposto supera a carga tributária que os clubes brasileiros normalmente enfrentam, pois muitos deles têm isenções de impostos no país.
Outros times brasileiros que disputaram o torneio, como Flamengo e Botafogo, também sentiram o impacto. Eliminados nas oitavas de final, eles terão de pagar R$ 45,45 milhões e R$ 44,55 milhões, respectivamente, em tributos.
Diante do valor elevado, tanto a Fifa quanto os clubes ainda buscam abrir negociação para tentar reduzir ou flexibilizar a cobrança nos Estados Unidos. fonte: Bnews