Foto: Redes Sociais/ Montagem: Informe Baiano
Bianca de Souza Barbosa, de 25 anos, não resistiu aos graves ferimentos e faleceu na tarde desta terça-feira (8), após permanecer por oito dias internada em estado crítico na UTI do Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. A jovem foi vítima de uma brutal tentativa de feminicídio no dia 31 de março, no bairro Jardim das Margaridas, e sofreu queimaduras em 80% do corpo.
O principal suspeito do crime é o ex-marido de Bianca, Robson Xavier dos Santos, de 47 anos, cadeirante. Conforme relatos de vizinhos, ele não aceitava o fim do relacionamento e já havia agredido a vítima diversas vezes, tanto física quanto verbalmente. Os gritos de socorro de Bianca, segundo testemunhas, eram frequentes e podiam ser ouvidos até de apartamentos mais afastados do conjunto habitacional onde viviam.
De acordo com informações apuradas pelo site Informe Baiano, Bianca havia se separado do agressor cerca de três meses antes do ataque, mas continuava visitando a residência para prestar cuidados ao ex-companheiro, incluindo a troca de curativos. Nessas visitas, as agressões teriam continuado, apesar do fim da relação conjugal.
Na noite do crime, Robson teria planejado meticulosamente o ataque. Testemunhas afirmam que ele pediu a uma terceira pessoa que comprasse duas garrafas de álcool. Ao receber a visita de Bianca naquela noite, ele a trancou em um dos cômodos da casa e ateou fogo no local, num ato cruel e premeditado.
Bianca foi resgatada em estado gravíssimo por uma equipe do Samu e levada às pressas ao HGE, onde ficou internada até esta terça-feira, quando não resistiu às lesões.
Robson também sofreu ferimentos no incêndio e segue internado no mesmo hospital, sob custódia policial. Ele foi autuado em flagrante por tentativa de feminicídio, crime que agora pode ser reclassificado como feminicídio consumado com a morte da vítima.
A Polícia Civil da Bahia informou que diligências estão em curso para apurar todos os detalhes do caso. Guias periciais foram expedidas e testemunhas seguem sendo ouvidas pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM). fonte: Informe Baiano