Jovem esquartejada em Eunápolis teria delatado companheiro a facção rival como “prova de lealdade” ao BDM

Investigações apontam que Anna Luiza teria indicado local e horário em que o executor encontraria Matheus  |    Reprodução

As mortes brutais de Anna Luiza Lima Brito, de 21 anos, e de seu companheiro, Matheus Rodrigues de Souza, de 24, estão sendo investigadas pela polícia de Eunápolis, no sul da Bahia, como parte de um possível acerto de contas entre facções criminosas que atuam na região. Os crimes ocorreram entre os dias 23 e 24 de junho e envolvem elementos de traição dentro do tráfico de drogas.

De acordo com informações divulgadas inicialmente pelo jornal Correio e confirmadas pelo portal BNews, Anna Luiza teria entregue Matheus, com quem mantinha um relacionamento, a uma facção rival. Ela fazia parte de um grupo aliado ao Comando Vermelho, mas estaria em processo de migração para o Bonde do Maluco (BDM). A delação do parceiro teria sido uma espécie de “prova de fidelidade” exigida para sua aceitação no novo grupo.

Matheus foi executado com diversos disparos de arma de fogo dentro de um estabelecimento comercial. Investigações apontam que Anna Luiza teria indicado previamente o local e o horário em que o companheiro estaria, facilitando a emboscada armada pelo grupo rival.

No entanto, no dia seguinte à execução, Anna Luiza foi capturada pela própria facção à qual pertencia. Conforme apuração policial, ela teria sido levada para prestar esclarecimentos sobre sua suposta traição, mas acabou morta com requintes de crueldade. Seu corpo foi esquartejado e partes dele foram encontradas em diferentes pontos da cidade: o tronco, pernas e fragmentos de uma das mãos, que estava com apenas dois dedos — um possível recado simbólico associado ao Comando Vermelho. Um bilhete foi colocado em sua boca, reforçando o caráter de retaliação da execução.

Tanto Anna quanto Matheus tinham antecedentes e envolvimento direto com o tráfico de drogas em Eunápolis. A jovem, inclusive, usava as redes sociais para divulgar e comercializar entorpecentes, segundo apontaram os investigadores.

As autoridades continuam acompanhando o caso de perto, diante da gravidade da situação e da guerra silenciosa entre facções que vem deixando um rastro de sangue na região. fonte: Bocão News

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