Campus Lauro de Freitas da Faculdade Unime – Foto: Divulgação
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no curso de Medicina oferecido pela Faculdade Unime, localizada em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. A informação foi publicada no Diário Oficial do órgão e assinada pelo procurador Edson Abdon Peixoto Filho. Segundo o documento, as denúncias recebidas apontam falhas no setor administrativo da instituição de ensino superior.
Diante dos relatos, o MPF acionou o Ministério da Educação (MEC), que terá até 90 dias para apresentar um posicionamento formal sobre o caso. Caso o prazo não seja cumprido, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES) poderá ser acionada para fornecer informações complementares e detalhar eventuais problemas identificados durante fiscalizações.
Em resposta às acusações, o Centro Universitário Unime afirmou, por meio de nota enviada ao Portal A TARDE, que já se manifestou ao MPF e negou a existência de qualquer tipo de irregularidade. A instituição garantiu seguir todas as normas estabelecidas pelo MEC e assegurou o funcionamento regular de suas atividades acadêmicas e administrativas.
As denúncias envolvendo a Unime, porém, não se restringem ao curso de Medicina. Em maio deste ano, alunos do curso de Psicologia denunciaram supostos episódios de assédio moral praticados pela coordenadora Renata Homem, além de atrasos e falhas na contratação de preceptores para a supervisão de estágios. Em nota de repúdio, os estudantes afirmaram se sentir inseguros e classificaram o ambiente acadêmico como “tóxico”. A coordenadora foi procurada pela reportagem, mas não quis comentar as acusações.
Ainda em maio, manifestações de estudantes chamaram a atenção para a falta de segurança no campus de Lauro de Freitas. Alunos relataram casos de roubos, perseguições e acesso irrestrito de pessoas estranhas ao ambiente acadêmico, o que motivou protestos e pedidos de providências imediatas para garantir a integridade da comunidade estudantil.
O MPF informou que as investigações continuarão nos próximos meses, com o objetivo de assegurar a qualidade e a regularidade do ensino superior oferecido pela instituição baiana. Fonte: A Tarde