Williams Nogueira foi encontrado morto em Simões Filho Crédito: Reprodução
Williams Nogueira dos Santos Silva, 28 anos, morador do Nordeste de Amaralina (área dominada pelo Comando Vermelho – CV), teve sua vida brutalmente interrompida em um ato de crueldade da guerra de facções na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O jovem, que não tinha envolvimento com o crime e era funcionário da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), foi sequestrado à força em um terreiro de candomblé em Aratu, Simões Filho, território controlado pelo Bonde do Maluco (BDM), grupo rival do CV.
Sequestro em Plena Celebração
O crime ocorreu quando Williams participava de uma celebração religiosa. Segundo relatos, ele e outros homens foram retirados à força do terreiro por traficantes do BDM. Seu irmão, que estava entre os rendidos, foi liberado, mas Williams foi mantido em cativeiro, sob a alegação de uma suposta ligação com o tráfico do Nordeste de Amaralina – o bairro onde nasceu e foi criado.
Fontes policiais indicam que os criminosos teriam encontrado mensagens que usaram como “justificativa” para a execução. No entanto, a fonte ressalta que é comum que moradores dessas áreas tenham contato casual com traficantes, mas para o BDM, isso se tornou um pretexto para matar. Williams foi assassinado simplesmente por ser residente de uma área rival.
- A vítima foi obrigada a fazer o sinal do “3” com as mãos, em referência ao BDM, e fotografada pelos assassinos antes de ser morta.
- Seu corpo foi abandonado no bairro de Aratu, em Simões Filho.
A morte de Williams chocou amigos, familiares e colegas de trabalho, que lamentaram a crueldade do crime nas redes sociais.
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) confirmou o acionamento e a localização do corpo, chamando o Departamento de Polícia Técnica (DPT). A Polícia Civil (PC) informou que a 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS) já tem indícios dos autores, mas as investigações seguem em sigilo.
O caso de Williams Nogueira expõe novamente a triste realidade onde pessoas sem qualquer envolvimento com a criminalidade se tornam vítimas de execuções brutais, tendo como única “culpa” morar em um bairro dominado por facções rivais. Fonte: Correio 24hrs


