Redes sociais/Robyssão
O cantor Robyssão foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de até R$ 60 mil aos compositores Roque Dias da Silva, Washington de Jesus Novaes e Fernando Antonio Brito de Santana, autores da música Mar Lagoa, lançada pelo Olodum em 1996. A decisão reconheceu o uso indevido da melodia na canção Só Vive à Toa, lançada por Robyssão em 2022.
Segundo os autores, a música do pagodeiro consiste em uma versão não autorizada da original, com alterações no conteúdo, incluindo trechos de caráter pornográfico. Um laudo técnico da Warner, assinado pelo especialista Alexandre Amback, confirmou a “similaridade explícita” entre as obras, contrariando a alegação de que a melodia seria genérica e típica do pagodão.
O caso ganha ainda mais gravidade por se tratar de reincidência. Robyssão já havia sido acusado anteriormente de plagiar Faraó, outro clássico do Olodum. Com a nova condenação, a discussão sobre respeito à autoria e originalidade volta ao centro do debate na cena musical baiana.
Histórico de acusações no pagode
O problema do plágio não é exclusivo de Robyssão. Em 2016, a banda La Fúria foi criticada por lançar faixas com refrões similares a hits do sertanejo universitário, como Toca o Trompete. O grupo Psirico também foi alvo de questionamentos por possíveis apropriações indevidas, embora sem desdobramentos judiciais.
Casos semelhantes já repercutiram em todo o país. Em 2010, Latino foi condenado por copiar a música romena usada em Festa no Apê. Em 2021, Luan Santana enfrentou polêmica por Morena, acusado de usar elementos de uma composição alheia — o caso terminou em acordo entre as partes. Fonte: Informe Baiano