“Empresário Acusado de Ordenar Sequestro de Funcionários em Ferro-Velho de Pirajá Tem Prisão Decretada”

Foto: reprodução

A Justiça da Bahia decretou, na última sexta-feira (09/11), a prisão preventiva de Marcelo Batista da Silva, empresário proprietário de um ferro-velho localizado no bairro de Pirajá, em Salvador. Ele é investigado por ser o suposto responsável pelo sequestro de dois jovens, Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25 anos. A decisão, que foi tomada pelo 1º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri, seguiu um pedido da Polícia Civil, que está conduzindo as investigações do caso. O mandado de prisão foi assinado pela juíza Alcina Mariana da Silva Goes Martins.

Segundo relatos de familiares das vítimas, Marcelo Batista teria acusado os dois jovens de roubo, após a alegada subtração de um gerador de sua propriedade. A mãe de Paulo Daniel, Marineide Pereira, contou que o empresário teria responsabilizado os rapazes pelo furto, ocorrido dias antes de seu desaparecimento. No entanto, Marcelo nega qualquer envolvimento no desaparecimento ou no crime.

A Polícia Civil, em sua argumentação, destacou a necessidade da prisão preventiva de Marcelo para garantir a continuidade das investigações, devido ao risco de fuga e à gravidade dos crimes que ele é suspeito de cometer. Além do sequestro, ele é investigado por uma série de delitos, incluindo homicídio qualificado, ocultação de cadáver, formação de grupo de extermínio, milícia armada e tortura.

Durante as buscas realizadas no ferro-velho de Marcelo, agentes policiais encontraram materiais que apresentavam possíveis vestígios de sangue na sala do empresário. Esses itens foram encaminhados para perícia. Além disso, investigações revelaram que Marcelo teria mandado incendiar seu próprio veículo, possivelmente para ocultar provas relacionadas ao crime. Imagens de câmeras de segurança também sugerem que ele teria ordenado a remoção de malas com roupas de seu apartamento por membros de uma possível milícia. Esse fato foi considerado pela polícia como um indicativo de que Marcelo poderia estar tentando fugir, o que reforçou a decisão pela prisão preventiva.

A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer o paradeiro dos jovens desaparecidos, Paulo Daniel e Matusalém, e elucidar todos os detalhes desse caso ainda misterioso.

Em outra linha de apuração, o Informe Baiano verificou que a informação sobre Marcelo ser ex-policial militar não procede. Embora o empresário tenha sido aprovado em um concurso para a PM e tenha estudado por dois meses, ele desistiu de concluir o curso de formação, o que significa que ele nunca chegou a atuar como policial. fonte: Informe Baiano

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