Em dois anos foram investidos R$ 316,6 milhões em contratações no Bahia | Letícia Martins/EC Bahia
Desde que passou a ser administrado pelo Grupo City, em maio de 2023, o Esporte Clube Bahia já recebeu cerca de R$ 700 milhões para cobrir prejuízos financeiros e manter a operação do clube. O investimento, destinado a compensar sucessivos déficits, não precisará ser devolvido, pois será convertido em capital social do Tricolor de Aço, conforme revela o balanço financeiro referente ao exercício de 2024.
De acordo com informações publicadas pelo portal UOL, o Bahia continua enfrentando sérias dificuldades para equilibrar suas contas. O déficit acumulado em 2024 foi de impressionantes R$ 246 milhões, revelando uma trajetória de aumento expressivo nas despesas operacionais. Embora a receita bruta do clube tenha subido de forma significativa — saltando de cerca de R$ 120 milhões em 2023 para R$ 298 milhões em 2024 —, os gastos também cresceram de maneira desproporcional. As despesas com atividades esportivas passaram de R$ 283,6 milhões no ano passado para R$ 445,5 milhões neste ano.
O alto investimento em contratações foi um dos principais fatores que pressionaram as finanças do clube. Nos dois primeiros anos de gestão do Grupo City, foram aplicados R$ 316,6 milhões em reforços, sendo R$ 264 milhões apenas em 2024, valor que inclui compras de direitos econômicos, comissões e luvas para atletas e empresários.
A estratégia do Grupo City de transformar o aporte financeiro em capital social demonstra a intenção de fortalecer o patrimônio do Bahia e garantir a estabilidade do projeto esportivo a longo prazo, mesmo em meio a um cenário de grande pressão financeira. A expectativa interna é que, com o elenco reforçado e uma gestão mais estruturada, o Tricolor de Aço consiga melhores resultados esportivos que ajudem a equilibrar as contas nos próximos anos. fonte Bocão News