Cruzeiro e Bahia se enfrentaram pela última vez na 30ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2024 – Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia
Apesar de ainda não ter vencido no Campeonato Brasileiro, o Bahia chega ao confronto desta quinta-feira (17), pela 4ª rodada da competição, com a confiança em alta. O Tricolor vive bom momento em outras frentes da temporada e tem conseguido resultados expressivos em torneios paralelos. O mesmo, porém, não pode ser dito do adversário da vez, o Cruzeiro.
A Raposa enfrenta uma fase extremamente delicada. Nos últimos dez jogos disputados, o clube mineiro venceu apenas uma vez. Na Copa Sul-Americana, os tropeços recentes incluem uma derrota em casa para um time com apenas três participações na história do torneio continental, além de uma queda de rendimento no Campeonato Brasileiro e uma eliminação precoce na semifinal do Campeonato Mineiro — sem sequer vencer um clássico contra os rivais Atlético-MG e América-MG.
O início da temporada, no entanto, havia gerado grande expectativa entre os torcedores. Com o aval do dono da SAF cruzeirense, Pedro Lourenço, o Pedrinho, o CEO do futebol, Alexandre Mattos, teve liberdade total para reformular o elenco. Chegaram nomes de peso, como Gabigol, Dudu, Fagner, Fabrício Bruno e Bolasie, somando-se a uma base já consolidada. Além disso, a contratação do técnico Leonardo Jardim, com passagens pelo futebol europeu, alimentava a esperança por um ano de retomada.
Contudo, a realidade em campo não correspondeu ao investimento feito. A frustração pelo desempenho abaixo do esperado se refletiu até nos bastidores do clube. Em uma entrevista recente, Pedrinho assumiu publicamente os erros na montagem do elenco e fez um pedido de desculpas à torcida.
— “Erramos muito nas contratações. Não vou citar nomes porque é deselegante. Trouxemos jogadores que não deveriam ser contratados. Estou aqui pedindo desculpas para a torcida, porque nós erramos em alguns jogadores que trouxemos. Alguns não deveriam ter vindo. Agora estão aí. É um erro. O futebol não perdoa erros”, declarou o empresário, em tom autocrítico.
A crise interna, somada ao mau momento em campo, pressiona ainda mais o elenco e a comissão técnica do Cruzeiro às vésperas do duelo contra o Bahia. Para o Esquadrão, o jogo representa a chance de conquistar sua primeira vitória no Brasileirão e, ao mesmo tempo, afundar ainda mais um adversário que começa a lidar com as cobranças de uma temporada que prometia muito — e até agora entregou pouco. fonte: A Tarde