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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou nesta quarta-feira (9) a aplicação de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, com início previsto para 1º de agosto. A medida, que gerou forte repercussão no governo brasileiro e no mercado internacional, foi comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de uma carta de tom agressivo, recheada de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No documento, Trump acusa o Brasil de “minar eleições livres” e de interferir na liberdade de expressão nos EUA por conta de decisões judiciais brasileiras contra plataformas digitais. O republicano ainda afirmou que a nova tarifação é uma resposta ao que considera um desequilíbrio comercial desfavorável aos Estados Unidos — argumento que contraria dados oficiais, segundo os quais o Brasil acumula prejuízos na balança com os EUA há 16 anos, somando mais de US$ 88 bilhões.
Os setores mais atingidos pela decisão incluem o agronegócio, a indústria siderúrgica e fabricantes de bens de tecnologia e manufaturados. Soja, carne bovina, café, aço e alumínio devem sofrer impacto direto, com perdas de competitividade e possível retração nas exportações.
O Itamaraty já classificou a decisão como “hostil e sem fundamento” e analisa acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC). Internamente, o governo brasileiro prepara uma resposta política e diplomática. Fontes do Planalto atribuem a medida a motivações eleitorais de Trump, que teria usado o Brasil como alvo em sua estratégia populista.
No mercado financeiro, o anúncio trouxe instabilidade: o dólar disparou e ações de empresas exportadoras brasileiras registraram forte queda. Especialistas alertam que a medida pode reduzir a demanda externa por produtos brasileiros, pressionar o câmbio, aumentar a inflação e gerar impacto no emprego e na arrecadação de estados produtores. fonte: Informe Baiano