Milionária suspeita da morte do namorado voltará a presídio em SP

TJ-SP revogou a prisão domiciliar de Anne Cipriano Frigo, que responde por planejar o assassinato de Vitor Lúcio Jacinto.

A milionária Anne Cipriano Frigo, suspeita de planejar a morte do namorado, teve prisão domiciliar revogada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) nesta quarta-feira (18) e deve voltar à cadeia. Anne teria pagado R$ 200 mil para que um corretor de imóveis matar Vitor Lúcio Jacinto no dia 17 de junho.

Ela se apresentará nesta tarde à Divisão de Homicídios, acompanhada dos advogados, informou o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Em seguida, será encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal Central, onde fará exame de corpo de delito e, por fim, retornará ao sistema prisional. 

“A defesa entende que a prisão é injusta e desnecessária, conforme pontuou o Juiz da causa que conhece todos os fatos; assim, pretende recorrer e restabelecer a liberdade de Anne Cipriane Frigo”, afirmou a defesa por meio de nota. 

Em 10 de agosto, o TJ-SP havia revogado a prisão preventiva e Anne deixou a Penitenciária Feminina de Sant’Anna, na zona norte da capital, onde estava presa desde o dia 29 de julho. O processo tramita em segredo de justiça.

O caso

De acordo com a delegada Magali Celeghin Vaz, do DHPP, o casal vivia uma vida luxuosa e tinha duas residências. Anne costumava morar com os filhos no bairro Vila Nova Conceição, bairro nobre da zona sul de São Paulo, enquanto Vitor ficava em um imóvel em Alphaville, em Barueri, região metropolitana de São Paulo.

Ao longo do relacionamento, a vítima recebeu vários presentes caros, como relógios da marca Rolex, viagens para Europa, e um carro Porsche, avaliado em R$ 2 milhões. Até que, em determinado período, começaram a discutir muito, a ponto de chegar à separação. Consequentemente, Anne parou de sustentá-lo.

Mas as investigações apontam que, como estava sem dinheiro, Vitor decidiu retomar o relacionamento. As apurações indicam ainda que, enquanto tentavam voltar o namoro, a milionária descobriu várias traições, o que a motivou a planejar a morte de Vitor.

O corretor apontado como executor do crime atuava intermediando compras de carros, imóveis e terrenos para o casal. Segundo a delegada Magali, o corretor era um “faz-tudo” da família. Quando Anne descobriu os relacionamentos extraconjugais, ofereceu o dinheiro para ele matar seu companheiro.

Até que no dia 17 de junho, Carlos convidou Vitor para ver um terreno que estava à venda. A caminho do local, na rodovia Castelo Branco, o corretor pegou uma arma que estava no banco de trás do carro e deu um tiro pelas costas que acertou o coração.

Quando estava escurecendo, o executor levou o corpo até a represa do Guarapiranga, na zona sul da capital, de acordo com o delegado Fábio Pinheiro Lopes, do DHPP. Em seguida, colocou combustível e ateio fogo no rosto e nos pés da vítima

A polícia encontrou o corpo no dia seguinte. Após exames necroscópico, foi confirmado que a causa da morte foi um tiro no coração. R7

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