Caminhada e lavagem da estátua de Zumbi marcam Consciência Negra em Salvador

Uma caminhada e lavagem da estátua de Zumbi dos Palmares, no Centro Histórico, marcaram o Dia da Consciência Negra neste sábado, 20, em Salvador. 

O ato político, que contou com cerca de 30 pessoas obedecendo os protocolos contra a disseminação do coronavírus, chegou na 13ª edição e teve como tema “Vidas Negras importam: todos contra a Covid-19 em defesa do SUS”.

A concentração aconteceu às 7h, na sede da União de Negras e Negros Pela Igualdade (Unegro), no Pelourinho.

Do local, o cortejo, formado por baianas e acompanhado pela Banda A Voz dos Tambores, seguiu até a estátua de Zumbi dos Palmares, localizada na Praça da Sé, onde foi realizada a tradicional lavagem.

Ainda neste sábado, por volta das 14h, está previsto um ato “Fora Bolsonaro”. 

Luta contra o racismo

As celebrações do dia 20 de novembro surgiram ainda nos anos de 1970, com movimentos sociais da luta contra o racismo, mas foi no Rio Grande do Sul que pouco mais de 20 pessoas reunidas no Clube Náutico Marcílio Dias deram o primeiro passo no que culminou na criação do Dia da Consciência Negra, hoje celebrado em todo país.

“É instituído o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a ser comemorado, anualmente, no dia 20 de novembro, data do falecimento do líder negro Zumbi dos Palmares”. É o que diz a Lei 12.519 de 10 de novembro de 2011, sancionada pela então presidente Dilma Rousseff.

As celebrações do dia 20 de novembro surgiram ainda nos anos de 1970, com movimentos sociais da luta contra o racismo, mas foi no Rio Grande do Sul que pouco mais de 20 pessoas reunidas no Clube Náutico Marcílio Dias deram o primeiro passo no que culminou na criação do Dia da Consciência Negra, hoje celebrado em todo país.

Quem foi Zumbi dos Palmares

Zumbi foi líder de um do maior quilombo que já existiu no Brasil. Como a sua própria alcunha indica, o Quilombo dos Palmares. O primeiro registro desse quilombo é de 1597, mas especulações dizem que pode ter surgido antes. Palmares foi o nome era o nome dado ao conjunto de mocambos, habitações precárias, que formavam o local. Há indícios de que em todo o quilombo haviam cerca de 20 mil habitantes.

Quilombos era lugares contruídos por negros africanos na luta contra a escravização europeia. Zumbi e os Palmares lutaram contra diversas expedições europeias que desejavam o fim do quilombo.

Vida e morte de Zumbi

Pesquisas históricas apontam que Zumbi nasceu em 1965 na capitania de Pernambuco, mas sabe-se muito pouco sobre a sua vida pessoal. Segundo o jornalista Décio Costa, ele teria nascido livre em Palmares, mas entregue ainda criança como escravo para um padre.

Depois de aprender a falar português e latim, fugiu aos 15 anos e retornou ao quilombo, já com uma certa liderança. Não se sabe se Zumbi tinha esposa ou filhos, embora uma carta escrita pelo rei Dom Pedro II sugira que o mesmo tinha. A Tarde

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